O pouco caso com a Saúde, a Educação e a Cultura


A cultura

A gestão de Márcio Lacerda vêm atrofiando o mercado cultural e ameaçando a cultura popular. Artistas de rua são reprimidos e mercados, feiras e eventos gratuitos são ameaçados. Um hipotético segundo mandato de Márcio Lacerda poderia ser fatal para a cultura da cidade.

Márcio Lacerda quis acabar com a feira hippie e o teria feito se não tivesse havido resistência. Quis cancelar o FIT. Márcio Lacerda cogitou em acabar com os Centro Culturais do município, mas como encontrou resistência, ele simplesmente desidratou as gestões desses espaços. Na realidade, Lacerda desidratou a cultura como um todo. Nos últimos 15 anos, nunca, no município, o mercado cultural esteve tão atrofiado.


A privatização da Saúde e da Educação

Márcio Lacerda suspendeu as obras previstas para a construção de novas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e está terceirizando a merenda das escolas municipais e as obras das UMEI (Unidades Municipais de Educação Infantil) para empreendedores que irão usar o investimento público e a oportunidade de administrar serviços como limpeza e alimentação para lucrarem, em vez de ter como objetivo o atendimento das necessidades da população. Além das UMEI, a terceirização de uma grande obra de hospital, na região do Barreiro, já foi ratificada.


500 milhões de reais de dinheiro público, destinados à saúde e à educação, serão repassados para as mãos de empresas privadas, para realizar o que é de responsabilidade da Prefeitura. Com o dinheiro do contribuinte, o prefeito vai beneficiar alguns empresários de sua relação, para cuidar de assuntos que ele pessoalmente deveria cuidar. Os salários de prefeito, assessores e cargos de confiança são exatamente para remunerar esse tipo de trabalho. Mas ao terceirizar sua responsabilidade, o prefeito ainda disponibiliza uma grande porcentagem de nossas verbas para pagar empreendedores que realizarão o seu serviço.

O político neo-liberal privatizador é aquele que não gosta de trabalhar e não entende o que é representar uma população. Transfere toda sua responsabilidade para as mãos de empresários. Pensa apenas em lucro e não hesita em desviar o dinheiro do contribuinte para investir em negócios lucrativos, cujos lucros são sempre revertidos para a esfera da iniciativa privada. E para fomentar ainda mais lucro, não hesita em extorquir o cidadão com multas, aumento do IPTU, taxas de liberação de espaço público e todos os tipos de taxas da competência municipal. As privatizações representam também uma grande derrota democrática: pois a população pode votar e cobrar o seu representante, mas como cobrar uma empresas privada que não é eleita pelo povo e nem regulamentada pelo Legislativo? Há uma grande discussão no mundo atualmente que aponta para como as privatizações dos serviços sociais são falhas e representam um retrocesso à democracia. Podemos seguir um modelo que já fracassou nos Estado Unidos, por exemplo, e do qual a população norte-americana está lutando para se libertar, ou podemos exigir um modelo eficiente, embasado em exemplos bem sucedidos. Há países em que o governo procura atender as necessidades de sua população sem considerar isso como um negócio ou ter a finalidade de lucrar com isso. E não estamos falando apenas de Cuba ou Venezuela, peguemos de exemplo os sistemas de saúde de países capitalistas como Inglaterra e Canadá, onde poderemos encontrar tal mentalidade.

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